Ele a viu entrar no ônibus e rezou para que se sentasse ao seu lado.
Ela o fez...
"Será que chove?"
Ela sorriu.
Não, não chove: nem hoje, nem nunca mais!
O sol entrou pelo seu coração e o fez segurar sua mão.
Pouco tempo depois, passeavam pela praça.
Conheciam as famílias, marcavam a data.
Como ela estava linda em seu vestido de noiva!
E os filhos? Três... um menino e duas meninas... família feliz.
As crianças cresceram, belas formaturas, orgulhos do pai!
Como ela chorava ao ver cada um se casar, como ele a amava com a carinha inchada.
Compraram a sonhada casa de praia, se mudaram para lá depois da aposentadoria.
Sentados na varanda, tomando uma brisa agradável com cheiro de maresia.
Ele pegou sua mão e lembrou de tudo o que passaram juntos.
Viajou pelo tempo de maneira tão real que nem percebeu que ela descera naquele ponto.
Ela abriu sua sombrinha vermelha e sumiu na multidão.
De uma hora pra outra... Como chovia!
*bem que pode ser baseado em uma memória remota da poesia do Michael (que a gente acha que ele nunca me mostrou!) Hahaha